O problema, como demonstrou a bizarra reunião em que o PMDB encenou uma saída da base governista, é que Cunha não quer sair da foto.
Como lembrou o cientista político Leon Victor de Queiroz, o cargo é mais importante do que o de ministro da Casa Civil.
(Esse parágrafo merece um post-scriptum: Na nossa Constituição, o impeachment é um processo político-jurídico em que a Câmara, um corpo político, tem a última palavra.
A presidenta Dilma Rousseff poderia ter considerado isso se pensasse mais em estratégia política do que na lógica da guerra e resistência que a parece guiar.
Ainda assim, é vergonhoso que as principais lideranças da oposição – entre elas Fernando Henrique Cardoso que repete que «infelizmente» temos de fazer o impeachment -, tenham aceitado sem maiores dramas essa aliança carnal com Eduardo Cunha.
Fuente: http://brasil.elpais.com/brasil/2016/04/15/opinion/1460743784_396496.html