Não é preciso ler Dostoievski para saber o que está dentro daqueles livrões se você já é, por origem e humilhação cotidiana, um personagem do escritor russo.
Dá o exemplo e volta às páginas corriqueiras de mais um volume do Noam Chomsky, uma das suas leituras permanentes.
O do Bar do Meio, aqui no morro havaiano das Perdizes, me soprou diversas vezes nas últimas semanas, como se em um aviso prévio: “Se a Democracia levou uma surra e quase morre, tudo é permitido”.
Não se falava outra coisa por lá na tarde desta quinta-feira a não ser na prisão “espetaculosa” do ex-ministro Guido Mantega.
O mineiro, digo, o brasileiro, não é mais solidário nem mesmo no câncer, caríssimo Edgard —personagem da peça Bonitinha, mas ordinária, clássico nacional do tio Nelson Rodrigues.
Fuente: http://brasil.elpais.com/brasil/2016/09/23/opinion/1474637962_643732.html