A discussão sobre a legitimidade do poder e da construção da nação, dois desafios que gravitaram sobre a história contemporânea da América Latina, mais uma vez ficou evidente nos acontecimentos de uma semana que pode determinar o futuro da região.
Também enfraqueceu seriamente o PRI, um partido inseparável da história do México no último século, em uma de suas principais características.
Todos esses acontecimentos, de certa maneira e com suas próprias nuances, colocaram os governantes, como representantes do Estado, e os cidadãos, como expressão da nação, em lados diferentes.
“Os grandes países da América Latina são geralmente bem-sucedidos como nação e fracassos como Estados, ao contrário da Espanha, onde o Estado funciona razoavelmente bem, mas não tem um relato de nação”.
No caso do México, a visita de Trump na véspera da realização do Grito da Independência, não é só uma catástrofe de relações públicas para o presidente Enrique Peña Nieto, mas, provavelmente, vai introduzir o tema da recuperação da dignidade nacional na corrida pela presidência de 2018.
Fuente: http://brasil.elpais.com/brasil/2016/09/03/opinion/1472933656_174303.html